Plataforma potencializa combate ao desmatamento em MT

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), com apoio do Programa REM Mato Grosso, está desenvolvendo uma nova plataforma de monitoramento da cobertura vegetal do Estado. A ferramenta terá como diferencial a geração de dados extras, de acordo com a realidade da fiscalização dos ilícitos ambientais em Mato Grosso. Tal procedimento irá potencializar às tomadas de decições no combate ao desmatamento ilegal no Estado.

"O principal diferencial será a implementação de automatizações de processos que agregam informações aos alertas disponibilizados pelas diversas fontes, tornando possível a geração de produtos secundários para subsidiar as análises de inteligência da equipe de fiscalização e, principalmente, tornar mais eficiente e célere as rotinas de gerenciamento da situação dos alertas, até mesmo para potencializar o monitoramento, após os mesmos terem sido fiscalizados", destaca Graziele Gusmão, gerente de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD) na Sema-MT.

Os “produtos secundários”, citados por Graziele, além de todo o tratamento dos alertas que serão automatizados, também engloba o gerenciamento de todos eles após o atendimento, que atualmente é feito de forma manual e depende que os agentes de fiscalização reportem os resultados obtidos. "Assim, o feedback de atendimento ocorrerá de forma mais célere e eficiente", afirma a gerente do GPFCD.

Desse modo, a nova plataforma permitirá que a Sema-MT elabore suas próprias informações a partir de dados extraídos dos diferentes sistemas de alertas de desmatamento que operam no Brasil, a exemplo do DETER, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A partir da extração desses dados, a plataforma irá permitir que eles auxiliem na análise e tomada de decisões a respeito do atendimento das demandas e fiscalização, oriundas dos alertas.

Para André Dias, coordenador de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CGMA) na Sema-MT, a nova gestão dos alertas significa mais autonomia ao Estado, “uma vez que todos os insumos tecnológicos serão propriedades da Sema”. Nesse sentido, conforme Dias, o órgão “poderá incorporar novos módulos e imagens de melhor resolução que venham a surgir, bem como aprimorar os métodos de tratamento de dados”. 

Ele acrescenta ainda que, a partir dessa mudança de lógica, os recursos que atualmente são destinados a contratações de empresas privadas, “poderão ser aplicados em ações mais efetivas voltadas ao monitoramento, fiscalização e responsabilização”.

A previsão é que a plataforma entre em funcionamento no início do ano que vem. Ela irá substituir o sistema Planet  - ferramenta adquirida pelo REM MT, e que vigora no Estado desde 2019. 

Franciele Nascimento, coordenadora do Subprograma Fortalecimento Institucional do REM MT, explica que a substituição partiu da demanda da Sema-MT de criar seu próprio sistema de recebimento e gerenciamento de alertas, e de forma contínua. Ela ressalta que a nova plataforma é essencial para a continuidade do trabalho do Estado de "monitorar, responsabilizar e consecutivamente coibir os ilícitos ambientais". 

A gestora também enfatiza que a plataforma irá processar os dados de alertas, de acordo com a realidade regional e a lógica de funcionamento das equipes de fiscalização da Sema-MT, Polícia Ambiental e Batalhão de Emergência Ambiental.  Dessa forma, o objetivo é extrair esses dados e refiná-los, como forma de tornar o combante ao desmatamento ilegal em Mato Grosso mais eficiente. 

"Além dos produtos já fornecidos pela plataforma atual [Planet], a própria da Sema  trará novas funcionalidades conforme metodologia de trabalho desenvolvido pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento", reforça. 

O REM MT apoia o desenvolvimento da plataforma, por meio  da contração da empresa que está criando a nova tecnologia de monitoramento do Estado.

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